Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim. A tua beleza aumenta quando estamos sós E tão fundo intimamente a tua voz Segue o mais secreto bailar do meu sonho Que momentos há em que eu suponho Seres um milagre criado só pra mim.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
A Estátua
Nas suas mãos a voz do mar dormia Nos seus cabelos o vento de esculpia
A luz rolava entre os seus braços frios E nos seus olhos cegos e vazios Boiava o rasto branco dos navios.
domingo, 2 de dezembro de 2007
Não se perdeu nada em mim
Não se perdeu nenhuma coisa em mim. Continuam as noites e os poentes Que escorreram na casa e no jardim, Continuam as vozes diferentes Que intactas no meu ser estão suspensas. Trago o terror e trago a claridade, E através de todas as presenças Caminho para a única unidade.